Em 1942, após a Alemanha bombardear e afundar 35 navios brasileiros com submarinos, o presidente Getúlio Vargas declarou guerra ao país nazista e às outras potências do Eixo, a Itália e o Japão. Um ano depois, em 1943, nasceu a Força Expedicionária Brasileira (FEB), criada exclusivamente para a guerra.
Em 1944, mais 25.833 homens e mulheres, entre eles, cerca de 700 baianos, entraram em um navio no porto do Rio de Janeiro e desembarcaram na Itália. No total, 471 deles não voltaram.
Ricarte da Costa Pestana tinha 22 anos e trabalhava na fazenda do pai, em Nazaré, no Recôncavo Baiano, quando foi convocado para lutar pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial. Hoje, aos 102 anos de idade, ele diz ainda se lembrar de tudo: do dia da convocação, de cada batalha que enfrentou, do medo, do sofrimento dos civis italianos, da fome, dos amigos mortos e, finalmente, da volta para casa.
Para Ricarte, a primeira batalha em Monte Castello foi como um “batismo de fogo”.
“Ô, minha filha… foi o batismo de fogo. Não sabia o que era um combate, só através das instruções. Aí, fomos lutar, tirar os alemães de Monte Castello. Um verdadeiro fracasso. Embaixo de Monte Castello, tinha uma ‘vilazinha’. Passamos por essa vila, artilharia atirando. Depois, os alemães iam vir ao nosso encontro. Aí, abrimos fogo, eu com a minha metralhadora. Fazia barragem de tiro. Quando havia necessidade, pegava a metralhadora, com tripé e tudo! 42kg! Botava nas costas. Mas, não foi suficiente”.
Confira a matéria especial, da repórter Bruna Castelo Branco, completa no Aratu On.
“Bahia na Segunda Guerra Mundial: ex-combatentes relembram batalhas na Itália”